A Triagem Auditiva Neonatal, popularmente conhecida como Teste da Orelhinha, é um exame rápido, seguro e indolor que consiste na produção de um estímulo sonoro com a captação do retorno desse estímulo por meio de uma sonda, que é delicadamente introduzida na orelhinha do bebê.
Com o teste é possível detectar possíveis problemas auditivos no recém-nascido a tempo de se adotar as condutas necessárias para reabilitação da criança.
Em Itapecerica da Serra, desde o mês de junho deste ano, o exame está sendo realizado em todos os bebês que nascem na Maternidade Municipal. Até essa data, os bebês eram encaminhados para outros municípios para realização do exame, porque Itapecerica da Serra não possuía o aparelho. As providências para aquisição de dois equipamentos foram tomadas pela nova gestão municipal e agora as mães já não precisam mais se deslocar com seus bebês por longas distâncias para realizar o exame.
Para a Dra. Denise Granja, fonoaudióloga do Centro de Especialidades Municipal (CEM) de Itapecerica da Serra, a falta desse exame impossibilita a mãe de detectar e corrigir, precocemente, qualquer falha auditiva que a criança possa apresentar. “Em geral, a mãe só vai conseguir perceber o problema na fase escolar da criança, quando começam a aparecer as defasagens de aprendizagem em virtude da deficiência auditiva”, esclarece.
O processo para realização do exame é simples. Ao dar à luz na Maternidade Municipal Zoraide Eva das Dores, a mamãe já recebe um encaminhamento com data e horário para realização do exame do bebê, no Centro de Especialidades Municipal (CEM).
Como a Maternidade Municipal é referência para os municípios vizinhos, o exame dos bebês nascidos em Embu-Guaçu, Juquitiba e São Lourenço da Serra também são realizados em Itapecerica da Serra.
Jéssica de Castro Pereira é uma moradora de Itapecerica da Serra que levou seu bebê, Gilbert, de 22 dias, para realizar o exame no CEM. O bebê respondeu bem ao teste e a mamãe, orgulhosa, ouviu atentamente as recomendações da fonoaudióloga. O mesmo aconteceu com Shirlei Trindade, moradora de Embu-Guaçu, que também foi fazer o exame da sua bebê, Luna Sofia, de 28 dias.
De acordo com a Dra. Denise Granja, caso ocorra qualquer alteração do exame, a mãe não precisa se alarmar. “Se for detectada qualquer falha auditiva, o exame é remarcado em outras datas, por até três vezes. Persistindo a alteração, o bebê é encaminhado para uma consulta com o médico especialista otorrino, para realizar exames mais específicos e, se for o caso, encaminhar a criança para reabilitação, com utilização de aparelho auditivo ou cirurgia para colocação de implante auricular”, esclarece a profissional.
